domingo, 17 de fevereiro de 2013

Transformação

Não sou mais verme
que só chora e insulta
Embriagar-me-ei da vida
que me cuspiu em catapulta

Não serei mais delinquente
Serei alto, com beleza demasiada!
esqueci de ser grotesco ou demente
A vida já apalpa minha pegada

Viverei em algazarras
Ignorando destroços
Farei amor com as palavras!
amarei-as quanto eu posso...

Sorrirei então, enfim!
com belos dentes de marfim
Imune contra a morte.
E um grande sangue forte
poderá gritar por mim;

"A minha alma tem a mancha da sorte,
minha boca degusta um novo jardim
morrerei imune contra a morte
viverei o sonho que não tem fim!"

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