quinta-feira, 3 de abril de 2014

Dê-Me-Transcendência

A peste engendrou cedo a penúria em meu coração
por gafanhotos coléricos devoradores de artérias
coincidentemente no momento em que os cães de minha costela
Ladravam impávidos para as correntes estrelares
que enrolavam em meu torso suas doces quimeras.

A malícia da víbora em meus membros ao trocar de escama
autodenominou-se a renovação das volúpias do Gênio.
O rio ainda frívolo deu boas-vindas aos tênues filetes da aurora, lentamente...
E os pensamentos abertos como flores primaveris desabrocharam
para abraçar a beleza mística do vale construído
com os instrumentos férteis de minha mente.

Os espirais cambaleavam maleavelmente vorazes
nas camadas menos espessas de minha alma.
O trabalho da concentração espiritual mostrou-se árduo, porém possível!
E os olhos por fim foram enterrados na penumbra interna.

Fractais & frequências...de som...distorcidas...lindas,
desvendaram aonde reside a antípoda do tormento
Respiração & Inspiração...Atenuou-se & Iluminou-me
o vasto desejo dos sentidos corpulentos.

Reduziu-se em pleno deleite por fim a conexão
fecundada, procurada e encontrada
nas entranhas da terra
que despiu com amor a natureza infinita & tenra.

O céu, azul em sua deidade
que belo papel representa!
De cortina que mostrou a liberdade
nos ninhos estrelares de uma calma turbulenta
Que chocam para moldar,
os umbrais da eternidade
em suas densas fibras macilentas (...)

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