Numa cena de desmoronar
As montanhas da mente; lhe rememoro-
Aquele seio engomado e quente
Dos ombros cansados e com a volúpia no colo .
No horizonte
Do teu corpo despido,
Um langor despreguiçava
Teus cinco sentidos, estavas cansada;
Entre anjos perfumados e benzidos
Pelos vapores cinzas da noite afiada;
Eu mergulhei profundamente em tua bôca
Até achar o antídoto que me tirasse a roupa.
Na brisa orvalhada
do suor. Acariciei o prazer dor-mente
Das tuas mãos pálidas e inebriadas repousadas
Sôbre o dôce leito, inconsciente.!
Raios de fulgor acromático oriundos da jan-ela
Me teletransportaram aos sinuosos corredores
Da memória. E lá dentro meu Espírito tatuou
A silhueta do teu signo. E a tua ossatura moldou
O cenário do meu paraíso onírico.
Com o fardo de teu torso em minhas mãos
Quis apertar-te contra-mim até que nós nos fundíssemos.
Como dois metais fazem ao serem chocados
Sobre fortes temperaturas.
Flutuei nos devaneios libidinosos,
Ao te clamar reinventei palavras e hieróglifos.
O mortífero significado da sincronicidade agoniante; o Tempo.
Martelava em minha alma
Os impulsos do teu corpo em Movimento.
Deus caía em gargalhada
E eu sofria!
Ao cogitar que a risada era porque Ele ouvia
Os gemidos da danação que eu não dava.
Minha barriga ficou ensanguentada
Pelos espinhos roçados da flor desabrochada,
Sangrei transparente!
Pisquei o olho à estrela Sírius; a mais quente
E me confortei em tua alcova (cai na real de onde eu tava.)
Fui surpreendido ao ser engolido
Por algo que tem textura de abismo.
Senti-me barco afundado em oceano místico.
Senti os astros girarem no zênite
Como a tua língua rodopiando em minha glânde.
- E em minha mente!
Minha glânde pineal não mente,
É o meu tesouro!
Não é de se assustar que o terceiro olho
Proporcione o olhar Do Espião.
E por que não?
Meu olho(ar) do plano astral
Estar na cabeça do meu pau?!
Na volúpia do teu colo,
No infinito do teu sexo;
Eu fiquei querendo logo,
E fiquei meio sem nexo.
- Meio perplexo, também.
Eu sei que me odeias,
Por te conduzir ao pecado.
Mas eu fico querendo mais,
E não consigo ficar calado.
Eu fico querendo tudo!
Eu sei que sou guloso
Mas nascer, meu bem,
Ja é o maior pecado do mundo...
Na figura métrica
Do teu corpo despido
Teus traços m'entorpeceram
Os cinco sentidos.
E eu fiquei me sentindo mais vivo
Mesmo que sem abrigo.
Sonhando, perdido
Com teus róseos-seios-tingidos.
(pela nódoa quente do meu gozo)-
cuatorze do onze de dois mil e quatorze.
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