Desvanecem úmidos na pálida fronte
vapores quentes de luzes estrelares
que transpiram no ínfimo dos olhos
todo o mecanismo da existência.
Observo externamente os pensamentos
que ousam cuspir para além da bôca seca
o inconsciente recalcado
pelos valores morais adquiridos
no decorrer da não-minha Vida.
Reparo quieto, calado e comum (?)
minha expressão do ser
desvendando a fulminante agitação
de mandalas rodopiantes e multicolores
no velcro que lacra
o Pulsar do infinito.
Os guardiões da antiga terra ainda
aguardam ansiosos
o Tesouro prometido e enrustido
que há nos frutos da árvore gasta
pelo mesmo tempo que germinou
a angústia da sabedoria,
a única sobrevivente do Éden.
O mundo inerte ao som
comunica-se estrondosamente alto
com a energia imaculada de minha alma.
E na comunicação da não-linguagem,
soletrando cada tom do alfabeto Espiritual,
eu aprendi a me relacionar com todos os seres.
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